quinta-feira, 27 de junho de 2013

Chegou a hora!

Desde o início do processo de criação deste espetáculo, minha Babilônia já estava fortemente ligada aos meus olhos cansados refletidos em janelas de ônibus abarrotados de pessoas.

Os últimos acontecimentos no Brasil parecem dialogar com o caminho que percorremos nesses dois anos e meio de processo. Acredito que a reestreia de uma temporada grandiosa não poderia ser em outro momento. Mesmo tendo na garganta o gosto amargo do atraso da verba e do descompromisso do poder público, parece que não existiria época melhor para estarmos, de fato, perto do povo, apresentando.

De malas prontas. Em minha mochila estão: uma agenda, minha caixa de lápis de cor e uma garrafa com água. Nada de coisas pesadas. Rumo a nova temporada ba.bi.lô.nia. [compactada].

Na agenda de meia idade, o retrato das sensações deste ano de 2013. Espera, agonia, surpresa, decepção, superação, força, cautela, paciência e, acima de tudo, vontade.

Em minha querida caixa de lápis de cor, tons de vermelho e azul escuro: Vermelho sal, vermelho resistência, vermelho terra, amor avermelhado, vermelho explosão, vermelho garra, azul concentração, integridade azulada, azul poesia e, por fim, azul dedicação.

E na garrafinha, água filtrada, a fim de hidratar movimentos e olhares.

Assim, finalmente, é hora de ir. Aguardo no ponto de ônibus, com minha mochila leve nas costas.

Até.

Aline Fonseca

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